quarta-feira, 30 de abril de 2008

Coisas toscas do Youtube




É cada uma viu...

domingo, 27 de abril de 2008

Ela só está feliz no sol

...Você achou o que estava procurando?
A dor e as risadas te deixaram de joelhos
Mas se o sol te libertasse
Você estaria livre realmente
Ela só esta feliz no sol...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O passado dos sentimentos


...Todo sentimento precisa de um passado pra existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca.
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que a pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."

(Benjamin Constant)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Constatações de uma tal esperança


Andava com uma angústia no peito. Mas hoje acordou calma, de coração tranquilo. Porque por mais que o medo lhe assombrasse e a ansiedade dominasse seu corpo, o seu pensamento sempre foi positivo. Afinal, o dia hoje prometia grandes emoções.

Ao olhar para o seu amado, ela pensava como ele era sereno. Por mais que a situação fosse difícil ele sempre tinha uma palavra doce para dizê-la. Pensava: Como uma pessoa pode ser tão incrível? Realmente, era uma mulher de sorte.

Naquele momento desejou com toda a sua fé que aquela guerra chegasse logo ao fim. Pediu a Deus forças para continuar a batalha. De repente veio a sensação de paz. Como era bom sentir aquilo! Era tudo que o seu coração precisava, dessa tranquilidade.

Depois de todo o alvoroço, finalmente tiveram uma boa notícia. Ainda não definitiva, mas que encheu seu coração de esperança. Que a fez acreditar que o seu amor é maior do que tudo ou qualquer medo. Que a sua fé pode vencer qualquer guerra.

Então ela sorriu. Ele a olhou e disse: Obrigado.

- Pelo o quê? Ela questionou.

- Por ter nascido para mim.

E os dois saíram de mãos dadas, felizes e aliviados, tendo a certeza que dias melhores virão...

Gira o mundo, revira-volta...
Deus escreve certo por linhas certas
Torto é quem não sabe interpretar
Mas quem crer vai chegar
E hoje novamente a te olhar
Eu acredito mais que sempre
Em milagres, pois é um milagre nós aqui

* (I Believe - Pimentas do Reino) *

terça-feira, 15 de abril de 2008

Paisagem da janela

Hoje, ao voltar do trabalho, parei o carro na rua e tirei umas fotos. Me dei conta de que quase todos os dias faço esse percurso de ida e volta e só desfruto a paisagem da janela do meu carro. Pensei cá com os meus botões: Quantas coisas simples que temos da vida que não aproveitamos?
Pois sim, tenho o privilégio de morar perto da praia e a orla ser um dos meus percursos de trabalho, mas na correria do dia a dia, nunca parava pra curtir a paisagem. Então hoje decidi: Vou aproveitar essa oportunidade e desfrutar dessa paisagem linda, ouvir as ondas do mar e sentir o cheiro da brisa do final da tarde.




Agora babem!!! Desculpa aí, mas é o meu caminho (cof, cof, cof), rsrs

domingo, 13 de abril de 2008

Pudores de uma quinta-feira à noite

Foto tirada daqui

Estávamos na sala. Fingíamos prestar atenção na conversa da minha mãe paralelamente ao noticiário da noite. Enquanto ela comentava sobre o absurdo da violência nas metrópoles, nossos pensamentos estavam em outra coisa. Olhava para ele e percebia seu ar de malícia. Em minha cabeça, pensava num monte de sacanagem que gostaria de fazer ali, naquele sofá. Acho que cheguei a ficar com a face vermelha.

Finalmente minha mãe saiu para seus compromissos intermináveis de trabalho e nos deixou a sós. Nesse instante minha mão gelou e senti o calor da minha pele. Estava quente, exalando meus hormônios de adolescente pelos poros. Não estava acostumada a estar sozinha com ele. Sentia-me envergonhada de certas coisas, afinal ele era bem mais velho e experiente. Mas os meus desejos eram mais fortes que qualquer pudor.

Imediatamente nos beijamos. Sentei em cima dele e nos beijávamos arduamente. Ele passava suas mãos na minha bunda e eu tirava sua blusa. Ele desabotoava meu soutien enquanto sua língua chupava meus seios delicadamente. Meus seios roçavam em seus pêlos e seu ar quente e ofegante na minha nuca me deixava mais excitada. Minha boca percorria pelo seu peito e lambia seu tórax devagar, descendo devagarzinho.

Ajoelhei-me e senti seu membro rijo em minha boca. Comecei a sugá-lo, sedenta pelo seu gosto. Ele gemia, segurava em minha cabeça e quando estava no auge levantei-me e sentei em cima dele, trançando as minhas pernas sobre suas costas. Penetrou-me com toda vontade, colocando fogo entre as minhas pernas e pondo um fim nesse desejo quase insano.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Se eu fosse...

Na falta do que pensar para escrever, decidi copiar esse meme do blog da minha amiga florzinha Adriana. Quem quiser, sinta-se a vontade de fazê-lo.
Se eu fosse um mês seria...Dezembro.
Se eu fosse um dia da semana seria... Sexta (Afinal, no outro dia eu não trabalho, heheh).
Se eu fosse um planeta seria... Júpter. No sistema solar é o planeta mais próximo do sol e na mitologia grega era o Deus do dia. Quando se apaixonava por mortais, Júpiter assumia diversas formas para se poder aproximar delas.
Se eu fosse um número seria...7.
Se eu fosse uma direção seria...Oeste (a direção que o sol se põe).
Se eu fosse um móvel seria...Cama.
Se eu fosse um líquido seria...Água (transparente e mata a sede).
Se eu fosse um pecado seria...Luxúria (o melhor de todos, hohoho)
Se eu fosse uma pedra seria...Diamante (muito valioso).
Se eu fosse um metal seria... Prata.
Se eu fosse uma árvore seria...um Ipê.
Se eu fosse uma fruta seria...Uva (doce ou azeda, depende da safra, kkkk).
Se eu fosse uma flor seria...uma rosa.
Se eu fosse um instrumento musical seria...Piano.
Se eu fosse um elemento seria...Fogo.
Se eu fosse uma cor seria...Rosa ou amarelo.
Se eu fosse um animal seria...uma pantera (charmosa e perigosa. tsc, tsc).
Se eu fosse um som seria... um solo de violão.
Se eu fosse uma letra de música seria... Nossa...difícil...How deep is your love (Bee Gees).
Se eu fosse uma canção seria... Outra Vez, do Roberto Carlos (essa dói na alma).
Se eu fosse um estilo de musica seria...Salsa (mui caliente).
Se eu fosse um perfume seria...Pure Poison, do Dior.
Se eu fosse um sentimento seria... Amor (sempre).
Se eu fosse uma comida seria…uma bela massa com um molho suculento.
Se eu fosse um lugar (cidade) seria...Paris.
Se eu fosse um gosto seria...Apimentado.
Se eu fosse um cheiro seria…o da pele do meu amor =)
Se eu fosse um livro seria..."A menina que roubava livros".
Se eu fosse uma palavra seria...Desejo.
Se eu fosse um verbo seria… Acreditar (o verbo mais presente nesse momento da minha vida).
Se eu fosse um objeto seria….um rádio.
Se eu fosse uma roupa seria… Um vestido (é feminino e cai bem em todas as ocasiões).
Se eu fosse uma parte do corpo seria…Boca.
Se eu fosse uma expressão seria… se for verbal, "Te amo!"; se for não-verbal, um sorriso.
Se eu fosse um filme seria…"Antes que termine o dia" (lindo!!!).
Se eu fosse um forma seria…um espiral (uma curva que gira em torno de um ponto central, afastando-se ou aproximando-se deste ponto, dependendo do sentido em que se percorre a curva).
Se eu fosse uma estação seria… Primavera.
Se eu fosse um palavrão seria...CARALHO!!! (desculpem, esse ítem foi por minha conta, não poderia faltar no meu meme, kkkk).
Se eu fosse um desenho animado seria...Shrek (porque ensina que não devemos julgar as pessoas pela aparência).
Se eu fosse uma frase seria…"Quem não ama demais não ama o bastante" (Bussy Rabutin).

sábado, 5 de abril de 2008

Sob a copa das mangueiras


O sumo da manga escorria por entre seus dedos enquanto ela deliciava a fruta recém colhida no pé. Ainda estava pendurada em um dos galhos enquanto saboreava sua fruta predileta.

Todo dia cumpria seu ritual de subir, escolher, limpar a manga na barra do vestido e devorá-la calmamente, enquanto olhava o nada, embora na sua frente estava um lindo pomar com uma casinha amarela mais à frente, de onde ela saía correndo todas as manhãs para lavar o rosto num laguinho artificial que o pai havia feito para os patos nadarem.
Quando chegava o fim da tarde ela sentava em baixo da mangueira para ver o pôr-do-sol e o nascer da lua através do lago. Evento da natureza que parecia exercer um poder mágico sobre ela. Era incrível como se sentia calma, renovada. Chegava a desligar-se do mundo. Cansava de ter seus pensamentos interrompidos pelos gritos da mãe, dizendo: - Menina, entra que a janta tá na mesa!
Ficar ali absorvida em seus pensamentos lhe alimentava mais do que qualquer comida. Alimentava-lhe a alma. As sensações experimentadas por ela eram tão intensas que bastava fechar os olhos e parecia que tudo estava acontecendo de verdade. Era um misto de certezas, desejos e medos. Medo do real, do ainda desconhecido, mas que não deixava de fasciná-la.

Mas o que ninguém sabia era que a menina seguia um ritual sempre depois das 22h, quando os pais se recolhiam para dormir. Ela colocava três gotas do seu perfume de jasmim, vestia seu vestidinho de seda branca com aplicações de rosas cor-de-rosa de renda, calçava os chinelinhos de couro e saía pela janela do seu quarto. Seguia o caminho que mais gostava: andava até a mangueira e deitava-se debaixo dela, olhando as estrelas e a lua, ficando a esperar calmamente o dono dos seus pensamentos.

Ele sempre chegava pontualmente às 22:15h, sempre cheirando a loção pós-barba e um perfume que segundo ele era italiano, que comprou quando esteve em Milão, dizia que só usava em ocasiões especiais e estar todas as noites com ela, era sempre especial...

Certa noite, o pai da menina levantou para beber água. Como de costume, passou no quarto da filha para ver se ela realmente estava agasalhada, pois tinha o costume de se virar muito de um lado para o outro durante a noite e se descobrir sozinha.

Ao entrar no quarto o pai se deparou com uma surpresa. A filha não estava lá. Bateu um desespero, onde ele saiu voado que nem um gavião, com a lanterna e a espingarda na mão.

Não precisou ir tão longe. A menininha estava lá, deitada em baixo da mangueira com o seu amado, ambos nus, enrolados por uma coberta. A paz de ambos fora interrompida com a luz da lanterna.

- O que significa isso? Quer dizer que ao invés de dormir você foge pra ficar de sem-vergonhice com esse cabra? Berrava o pai da menina, pegando ela pelo braço a força.

- Esse cabra tem nome e é o homem que eu amo pai!

- Por favor, podemos conversar...Tentava dizer o rapaz, visivelmente nervoso com a situação.

- Conversar, conversar o que cabra safado! Você desvirginou a minha filha, a minha filhinha tão ingênua e pura.

A essa altura a esposa de Juvêncio já havia ouvido os berros e estava lá. Ela desconfiava que a filha dava umas escapulidas, mas achava que fosse apenas uma traquinagem de menina moça. Afinal, ela mesma na Juventude havia dado umas fugidinhas até o fundo da igreja para encontrar Juvêncio.

- Pai, eu não sou tão ingênua assim, eu sou uma moça que ama um homem.

- Você é uma safada, isso sim! Você me envergonhou, você desonrou a sua família sua...Juvêncio já estava levantando a mão para bater na filha, mas foi impedido por Margarida, sua esposa:

- Você tá louco homem? Para com isso!

Margarida não impediu a surra que Juvêncio deu na filha. Ele batia nela com tanta força que por um instante esqueceu que ela era uma menina frágil, franzina. O rapaz a essa altura já tinha corrido, com medo de levar um tiro de Juvêncio.

- Nunca mais quero olhar na sua cara ouviu bem? Você me desrespeitou nas minhas fuças. Como eu fui trouxa! Agora se quiser, vá viver as custas dele. Juvêncio saiu puxando a esposa pelo braço, que chorava desesperadamente e gritava: - Minha menina, não, por favor homem, não faça isso, ela é apenas uma garota!!!

Juvêncio não queria conversa. Estava irredutível na sua decisão. A menininha chorava copiosamente, caída no chão, pois não tinha forças para se levantar por conta da surra que havia levado. Pensava como o pai poderia ser tão radical daquele jeito.

Ao amanhecer, a menina se lavou e se vestiu, partindo em direção da cidade. Chegando lá, foi procurar o seu amado. Ao bater a porta, deu de cara com uma ruiva, de olhos verdes e sorriso meigo, com um bebê no colo. Ao perguntar do rapaz, foi surpreendida com a resposta: - Meu marido não está, teve que fazer uma viagem de negócios e vai ficar fora por 10 dias. Posso ajudá-la?

A menina ficou perplexa. Faltou o chão naquele momento. A dor que estava sentindo era pior do que a surra que tinha levado na noite anterior. Ela saiu andando e deixou a ruiva sem resposta. Ela andava rápido e chorava, sua cabeça estava zonza, não sabia o que fazer, para onde ir. Estava desnorteada. Pensava em como tinha sido ingênua, em ter se deixado levar pela lábia de um homem da cidade.

Andou pela estrada e só parou a noite, quando não suportava mais. Caiu no chão e foi acudida por um casal que viajava de caminhão por aqueles lados. Ao acordar, o casal deu água e comida para ela. Ao perguntar para onde ela ia, ela disse:

- Não sei, para bem longe daqui.

Sem entender nada e sem querer saber maiores detalhes, o casal ofereceu carona até a cidade que eles iriam, que ficava há 780 km daqui. Chegando lá, a menina agradeceu e deu adeus aquele casal tão gentil.

Foi seu último gesto de gratidão para alguém, aprendeu da pior maneira possível como é amargo o sabor de uma paixão, olhou o caminho de onde veio pela última vez e prometeu a si mesmo a recomeçar. Agora sem inocência, frutas tropicais ou perfumes italianos.


* Conto escrito por mim e minha amiga amada Aline *