domingo, 30 de setembro de 2007

Lições



É incrível como o ser humano tem a capacidade de ser masoquista. Não falo no sentindo sexual, mas sim sentimental. Um prazer em sentir dor, em ser magoado e ficar naquela passividade, esperando vir a próxima "porrada". Sei que por amor somos capazes de nos submeter a coisas que até Deus duvida, mas chega uma hora que não dá mais né? É preciso amor próprio, é preciso reconhecer que não adianta mais tentar por algo que não existe, é preciso ter coragem para dizer a si próprio que acabou. Porque temos sempre a sensação de que só o nosso amor basta e isso não é verdade. Quando percebemos que não correspondemos mais as expectativas do outro nos sentimos um lixo, a auto-estima vai lá pra baixo, e aí vem a pergunta: Aonde foi que eu errei? Nem sempre temos a chance de reparar os erros e isso dói. Dói porque não houve tempo, dói porque o outro nunca sinalizou, dói porque depois de muito tempo isso é jogado na nossa cara. Acredito que cada pessoa tem o seu valor e sou contra a qualquer tipo de humilhação em prol de alguém. Rastejar aos pés do outro? Pra quê? Vai adiantar?
Só depende de cada um enfrentar a sua realidade. Depende de cada um dar o rumo do seu caminho. Está no fundo do poço? Do fundo você não passa meu bem, pode crer!!! Já está na hora de subir não é? Está na hora de levantar da cama, lavar o rosto, abrir a janela e sentir a luz do sol esquentar a face. Mas essas são as velhas lições que a dona VIDA nos ensina e que apenas o nosso velho amigo TEMPO poderá nos ajudar a superar. E que se você realmente não quiser, não adianta eu gastar o meu tempo te dizendo tudo isso. Mas se você quiser, estou aqui para te dar a mão e ajudar no que for preciso, mesmo de longe.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

É primavera


O inverno se foi e com os dias frios, foram-se às lembranças que um dia foram tão presentes e com a primavera, permanecerá as que eu faço questão de nunca esquecer. Quem sabe nascerão outras para que eu cultive-as pelo verão que estar por vir?


"Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira."
* Cecília Meireles *

sábado, 15 de setembro de 2007

Não me deixe só

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sobre as conchas da mão


Toma o amor guardado entre as conchas da minha mão. Dentro delas ouvi as ondas quebrando-se em pedras e o espetáculo de um pequeno musgo nascido à beira de um raio de sol. Dentro delas, ouvi a terra aninhando sementes e plantas entrelaçando a ponta de suas raízes. Finas raízes tentando sustentar o mundo sob as placas de cimento. As placas de cimento, de onde germinam as casas e crescem as pessoas, entrelaçando a ponta de seus braços e o mais fundo de seus corpos pela noite escura. Dentro delas, ouvi o mundo inteiro tentando ser par... e ouvi a ponta de tuas asas tocando minhas costas nuas, teu instrumento de cordas e suspiros profundos.

* Escrito por Rita Apoena *

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Super, super...que super?


Sabe quando você tem vontade de ser uma super herói de desenho animado, tipo, Mulher Maravilha, Electra, She-ra? Pois sim, eu queria. Queria para proteger as pessoas que eu amo, para evitar que elas sofressem qualquer mal e dar um super soco naqueles que os machucassem. Mas infelizmente o sofrimento faz parte do nosso crescimento como pessoas sensíveis, adultas, maduras e que amam acima de tudo. Queria ter o poder de me teletransportar pela força do pensamento para estar junto na hora em que me pedem socorro, de pegar a minha espada mágica e "cortar" aquela tristeza, aquela mágoa que fica lá dentro guardado no coração de quem está magoado. Mas infelizmente não posso. Não tenho super-poderes. Aí me sinto assim, impotente sabe. Porque no fundo tenho uma tendência em proteger as pessoas que eu amo para que elas não sofram, por mais que eu sofra também. Mas tenho que me conformar, não sou mulher maravilha.